O Hospital Misericórdia de Santos Dumont, considerando as fortes e irresponsáveis imagens publicadas nas redes, vêm por meio desta, prestar sua explicação sobre o fato citado na mídia sobre o menor D.R.D, de um mês, que deu entrada nesta unidade com quadro de desidratação profunda em decorrência de complicações alimentares.
Diante do seu pronto atendimento e diagnóstico pela equipe do Hospital o menor necessitou de hidratação venosa de urgência, através do seu pé direito, para restabelecimento da sua saúde, que chegou muito comprometida na sede da Entidade.
A punção venosa periférica é um procedimento que consiste no acesso à corrente sanguínea através de dispositivos adequados, adjuntos de uma seleção criteriosa do local da punção e de uma eficiente técnica de penetração da veia. A cateterização periférica é a primeira escolha em uma situação de emergência, pela facilidade técnica, variedade de calibres e rapidez da punção.
No que diz respeito à terapia intravenosa em recém-nascidos (RN), a limitação de sua rede venosa condicionada pelo corpo ainda em fase de desenvolvimento, somado a aspectos específicos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção de drogas, torna o acesso venoso periférico um dos procedimentos mais difíceis de realizar nesse tipo de clientela.
Assim, todo procedimento de punção venosa, por mais cauteloso que o mesmo se processe, são naturais as ocorrências de algumas complicações, como no caso presente, que decorreu o extravasamento de sangue no pé da criança, devido à ruptura da veia puncionada.
Portanto, ainda que e Equipe de Enfermagem tenha tomado o cuidado de escolher a rede venosa, levando em consideração as articulações, assespsia, fixação correta do cateter e observado de perto o procedimento a intercorrência ocorreu e, por mais que tenham sido fortes as imagens, o edema foi imediatamente identificado e adequadamente tratado, não havendo maiores repercussões em prejuízo da saúde do menor.
Ante o exposto, embora as imagens sejam fortes e tenham sido levianamente expostas nas redes sociais, trata-se de uma intercorrência possível dentro do procedimento por qual passou a criança, não havendo imperícia a ser considerado. Insta salientar, repita-se, que a criança chegou gravemente desidratada ao Hospital por razões, motivos e responsabilidades que sequer foram consideradas por aqueles que, gratuitamente, atacaram o Hospital.
Com base nisso o Hospital roga à sociedade para que investigue a fundo a verdade dos fatos para que as imagens dos inocentes não sejam abruptamente violadas e expostas ao público e que, neste momento em que se espera UNIÃO, pedimos cooperação, discernimento,coerência, paz e MENOS OPORTUNISMO POLÍTICO para, JUNTOS, melhorarmos a saúde pública do Município de Santos Dumont.
Fontes Bibliográficas:
- Waitt C, Waitt P, Pirmohamed M. Review: intravenous therapy. Postgrad Med J. 2004; 80:1-6.
- Infusion Nurses Society Brasil. Diretrizes práticas em terapia intravenosa. Infusion Nurses Society Brasil; 2008.
- Nomi C. Prevenção de infecção relacionada a cateter vascular: uma breve análise do guideline do CDC. Intravenous Ano VI 2006; 6:4
- Écheli CSB, Busato CR. Tratamento tópico de úlcera de estase venosa — proposta para padronização. Publ UEPG Ci Biol Saúde. 2006; 12(1):7-14.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – HMSD